Olá, sou Yan Vancelis

Sou um designer generalista. Por aqui, falo sobre assuntos que envolvam tecnologia, design, produtos e muito mais.

  • O no-code veio para ficar, mas que fique sem cobrar mensalidade

    Nem preciso mentir: mesmo sendo designer, sempre tive muitos pés atrás com ferramentas no-code. Quando eu ouvia falar nessas ferramentas, meu lado programador falava mais alto, entendia que se algo era muito fácil, não teria como funcionar bem, achava esse negócio de no-code “esmola demais”. E para piorar, tive uma péssima experiência com um negócio chamado Unbounce. Não sei como ele está hoje, mas não estava muito bom em 2020, a ponto de eu preferir fazer com-código mesmo.

    Mas, eu estava enganado. Há hoje ferramentas excepcionais como o Webflow, que apesar do custo, me parece ter poder para entregar páginas poderosas. Framer parece está evoluindo bem e até o Wix tá deixando de ser sinônimo de site ruim, embora ele continue tendo foco em “pessoas normais que querem fazer um site sozinhas”, diferente das duas primeiras onde o foco são nos designers. O que há em comum em todas elas? Mensalidade.

    Por isso mesmo, o meu fascínio do momento é o bom e velho WordPress, que também tem seu construtor de sites sem código. Amado por alguns e não tão amado assim por muitos, o Gutenberg está evoluindo e começando a mostrar a que veio, ainda que possua uma curva de aprendizado desafiadora se comprado ao padrão das interfaces de arrastar e soltar, que definitivamente ele não se encaixa. Enxergo nele maturidade suficiente para grande parte das necessidades que precisamos resolver com esse tipo de ferramenta.

    E mesmo com as restrições atuais e a dificuldade de aprendizado, o Gutenberg é uma excelente alternativa por ser WordPress, aquela ferramenta de código aberto cuja comunidade é enorme, há soluções em plugins para praticamente tudo e que pode ser hospedado em qualquer hospedagem barata. Soluções acessíveis para nós e para nossos clientes são necessárias em um mundo onde há ferramentas maravilhosas, mas que tem o cartão de crédito como pré-requisito.


    Esse blog ganhará uma seção de tutoriais e certamente falaremos novamente do nosso querido criador da imprensa. Aguardem!

  • Precisamos de mais blogs

    Boas-vindas ao WordPress. Esse é o seu primeiro post. Edite-o ou exclua-o, e então comece a escrever!

    Esse é o texto que está na publicação de exemplo ao instalarmos o WordPress. Sempre gostei dessa meta-linguagem utilizada pelos desenvolvedores (ou seriam designers?) para comunicar o jeito de funcionar da plataforma, e nesse caso sua funcionalidade principal que é a de realizar uma publicação no seu … blog, essa palavrava que em algum momento virou verbo e hoje em dia parece ter ficado velha em um mundo cheio do que gosto de chamar de muros.

    A internet em 2024 é cheia de muros. Sim, me refiro as redes sociais, a todas elas. O caso da rede social adquirida por um bilionário controverso e que recentemente ficou fora do ar por achar que o Brasil era uma república de bananas é um caso mais latente, mas que se aplica a todas as outras redes. Elas são ambientes privados onde o dono impõe as regras de convivência. Nós vivemos tanto tempo dentro delas, sem olhar para fora, que parece que elas são a internet. Não são.

    Não quero aqui ser hipócrita. Sou um usuário assíduo das redes, especialmente o Instagram e agora, mais regularmente, o BlueSky e o maravilhoso mundo das fanfics de alto empreendedorismo, nosso Linkedinho. Em certa medida, pelo menos algumas redes sociais possuem regras razoáveis de “convivência” com as leis civis vigentes. Além disso, estamos experimentado uma experiência muito boa com o BlueSky após sairmos do necro-twitter. Esse texto definitivamente não é anti-redes sociais. Elas estão aí para ficar, de um jeito ou de outro.

    Meu ponto aqui é que precisamos olhar mais para fora delas, ainda que seja através delas, por meio da ferramenta mais elementar da web: os links. Certo dia, dialoguei com uma bluiteira sobre precisamos retomar hábitos da velha web, como o uso do e-mail para difundir e consumir conteúdo.
    É algo possível, e tenho experimentado isso funcionar muito bem com o blog Manual do Usuário, que me envia e-mails maravilhosos que já trazem o conteúdo, mas que me induzem a acessar a página do blog. Acompanho também algumas publicações via Substack que chegam via e-mail e funcionam muito bem.

    Há muita coisa boa fora das redes sociais. Elas podem sim ser canais interessantes para se atualizar e até difundir seu conteúdo, desde que encaminhe sempre para seu próprio site. Ter seu próprio ambiente na internet precisa voltar a ser um lugar comum para criadores de conteúdo. É fácil, barato e você organiza do jeito que você quer. E se precisar de ajuda, fala comigo!