Nem preciso mentir: mesmo sendo designer, sempre tive muitos pés atrás com ferramentas no-code. Quando eu ouvia falar nessas ferramentas, meu lado programador falava mais alto, entendia que se algo era muito fácil, não teria como funcionar bem, achava esse negócio de no-code “esmola demais”. E para piorar, tive uma péssima experiência com um negócio chamado Unbounce. Não sei como ele está hoje, mas não estava muito bom em 2020, a ponto de eu preferir fazer com-código mesmo.
Mas, eu estava enganado. Há hoje ferramentas excepcionais como o Webflow, que apesar do custo, me parece ter poder para entregar páginas poderosas. Framer parece está evoluindo bem e até o Wix tá deixando de ser sinônimo de site ruim, embora ele continue tendo foco em “pessoas normais que querem fazer um site sozinhas”, diferente das duas primeiras onde o foco são nos designers. O que há em comum em todas elas? Mensalidade.
Por isso mesmo, o meu fascínio do momento é o bom e velho WordPress, que também tem seu construtor de sites sem código. Amado por alguns e não tão amado assim por muitos, o Gutenberg está evoluindo e começando a mostrar a que veio, ainda que possua uma curva de aprendizado desafiadora se comprado ao padrão das interfaces de arrastar e soltar, que definitivamente ele não se encaixa. Enxergo nele maturidade suficiente para grande parte das necessidades que precisamos resolver com esse tipo de ferramenta.
E mesmo com as restrições atuais e a dificuldade de aprendizado, o Gutenberg é uma excelente alternativa por ser WordPress, aquela ferramenta de código aberto cuja comunidade é enorme, há soluções em plugins para praticamente tudo e que pode ser hospedado em qualquer hospedagem barata. Soluções acessíveis para nós e para nossos clientes são necessárias em um mundo onde há ferramentas maravilhosas, mas que tem o cartão de crédito como pré-requisito.
Esse blog ganhará uma seção de tutoriais e certamente falaremos novamente do nosso querido criador da imprensa. Aguardem!